domingo, 18 de novembro de 2007

Nova iniciativa

Na leitura "Por que você ouve tanta porcaria?" diz o mestre em comunicação Militão de Maya Ricardo:
- "Se cada músico, crítico ou jornalista da área montasse um grupo de audição
musical numa escola, acho que a exigência do público seria outra. Reclamar das
gravadoras é fácil, assim se delega ao comércio a formação dos ouvidos da nação. Por
que os professores não tomam novas iniciativas?" Sem entrar na questão mercadológica, pensei apenas na minha responsabilidade enquanto professora e em com qual iniciativa poderia contribuir para a formação do gosto musical de meus alunos. Incorporei, então, a audição de MPB e músicas clássicas em dois momentos da minha aula: durante a atividade coletiva (relatório) e durante o brinquedo livre. Hoje, após perceber que não estava funcionando durante o brinquedo, pois os alunos precisam falar muito neste momento e a música, apesar de normalmente calma, acabava por agitá-los mais, passei a oferecer somente durante a realização da atividade.

sábado, 10 de novembro de 2007

O principal

Gostei de ler que "o principal para se fazer teatro é o elemento humano". Hoje esta afirmação me parece tão óbvia. Me pergunto: como não percebi isto antes? Ficava tão amarrada: não faço isto porque não tenho tal coisa, poderia fazer se tivesse... Ora! Agora percebo com tranquilidade que se tenho o humano, tenho tudo porque ele vai produzir tudo o que segue depois. Só é preciso ter paciência pois eles precisam de tempo, principalmente por serem pequeninos. Então, a estética, por exemplo, pode não ficar tão agradável aos olhos, mas é produto deles, e é isto que importa. De que adianta ter tudo milimetricamente executado se feito por mim?

Improviso

A leitura de teatro, mostrou-me uma nova perspectiva: do inusitado, do improviso. Antes quando trabalhava com as crianças, pensava, planejava cada momento: o que darioa certo, como instruiria, o que faria se não desse certo. Hoje, lanço o básico, como aprendi nesta interdisciplina, com simplicidade e deixo as crianças construirem as possibilidades, suas hipóteses e soluções. Interfiro raramente. As produções têm saido mais com a cara das crianças e o resultado bem mais interessante e convincente.

Poesia

Fanny Abramovich escreve no capítulo 5 do livro Literatura Infantil - Gostosuras e Bobices: "As rimas - outro recurso poético - são tão gostosas de ler e ouvir quando bem escolhidas, bem trabalhadas!... Não podem é ser postas sem nenhum critério, pois há regras poéticas que as definem bem: podem vir intercaladas, rimando a primeira com a segunda linha, ou então de outro jeito, dependendo do tipo de versificação que cada poeta escolhe para cada poema que faz..."Com este aprendizado, passei a, junto com as crianças, elaborar melhor nossas poesias, quando as criamos . Antes, aceitava qualquer palavra, mas agora, pensamos junto se realmente "combina", se tem significado. Não me satisfaço mais com frases bobinhas e engraçado que as próprias crianças estão ficando mais críticas e já fazem seus próprios comentários diante de rimas sem sentido.