domingo, 20 de dezembro de 2009

Letramento

Este foi outro conceito importante estudado no semestre por todas as interdisciplinas, de uma forma ou de outra e que deixei de realizar postagem sobre.
Entendi que ele surgiu de uma demanda social. Antes a preocupação era com o analfabetismo, mas com a escrita tomando um lugar tão importante no mundo, políticas foram criadas e o analfabetismo felizmente reduziu. Não se extinguiu ainda, mas com supletivo, EJA e outros, muitas pessoas buscaram se alfabetizar. Com a evolução, foi ficando claro que ler e escrever não era suficiente, as pessoas precisavam aplicar seus conhecimentos em práticas sociais. Não raro nos deparamos com pessoas que sabem ler e escrever, mas não conseguem manipular seu celular, preencher formulários no banco, fazer transações bancárias no caixa eletrônico, para citar apenas algumas. Em contrapartida, vejo alunos que ainda não sistematizaram sua alfabetização que se viram muito bem no computador. Usam o google para pesquisar, usam a biblioteca da escola para retirar livros, calculam o troco da cantina e assim por diante. Sendo assim, entendo que o letramento se dá por toda a vida da pessoa,assim como a alfabetização que não finda na 1ª ou 2ª série. Quando algum adulto busca o significado de uma palavra no dicionário, por exemplo, está se alfabetizando e isto poderá ocorrer por toda sua vida. Penso, com isto, que o melhor caminho seja mesmo o de alfabetizar letrando como muitos professores têm feito: trazendo conteúdos da vivência, do meio em que o aluno se encontra, sem, contudo, deixar de trabalhar aqueles que a escola exige.

Avaliação

Observando meu portfólio e também minha síntese, percebi que deveria escrever algo sobre avaliação, ação tão importante do processo ensino-aprendizagem que estudamos em Didática.
A avaliação pode se constituir num momento se não dramático no mínimo angustiante da vivência pedagógica tanto para o aluno quanto para o professor. Nos moldes como era realizada há não muito tempo atrás e, a bem da verdade ainda o é em algumas práticas, causava medo, insegurança, estresse, ansiedade, fato que certamente, para alguns, contribuía para um mau resultado. Felizmente novos olhares foram lançados sobre a avaliação, estudos e discussões aconteceram, diretrizes mais condizentes foram elaboradas e hoje, é possível ver a avaliação muito mais como um instrumento valioso de acompanhamento processual e indicador de caminhos para educandos e educadores do que como uma ferramenta que serve para classificar, aprovar ou reprovar, considerando apenas os fins do processo. Se o Sistema exige uma nota, então que a transformemos baseados em todas as atividades realizadas, acompanhando a caminhada do aluno com base nele mesmo, seu desenvolvimento e evolução. Injusto é no final lançar a nota que a criança tirou numa prova ou num teste.

Workshop

Na última quinta feira, dia 17 de dezembro, ocorreu nosso wokshop de final de semestre.
Em minha opinião, este foi o melhor de todos, desde o início do curso.
Não foi apenas um momento de apresentações individuais de aprendizagens. Sim. Cada aluno fez sua exposição, mas, houve, posteriormente, trocas muito ricas. O professor Crediné e a Sibbica questionavam, nos fazendo pensar sobre o que falávamos, sobre o porque considerávamos as aprendizagens importantes, de que forma nos seriam úteis, os colegas contribuíram com comentários que enriqueceram ainda mais o momento e, à meu ver, correspondeu a educação dialógica pregada por Paulo Freire.
Difícil foi convencer a família que cheguei onze horas porque o workshop estava muito bom. hehehehe

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Paulo Freire

Paulo Freire é apaixonante! Que bom se todos os professores lessem suas obras e seguissem um pouco do que ele ensinou.
Como ele é humano! Como deixava explícita a integralidade do Homem. Sentimento trabalhado na sistematização da leitura e escrita, sentimento trabalhado em todos os momentos. Respeito e igualdade às pessoas. Conduzia os homens à reflexão de sua realidade levando-os a agirem para transformar sua vida, seu meio, a sociedade, tornando-o um ser político. Não político-partidário, mas político no sentido de exercer sua cidadania, ser ativo, participativo, solidário, cooperativo, reflexivo, produtivo. Assim, ciente e consciente de seu papel diante da sua vida, de seu meio, buscaria AGIR, desta vez com liberdade e não como doutrinado. Para nós professores é importante saber disto porque conforme coloca Paulo Freire, "É na realidade mediatizadora, na consciência que dela tenhamos, educadores e povo, que iremos buscar o conteúdo programático da educação".

Metodologia

Há pouco estava participando no Fórum de linguagem e li a postagem da colega Roseli que contava sobre a escolha que sua escola fez adotando o método Alfa e Beto para alfabetização. Esta escolha deu-se partindo de uma reunião com a Coordenadoria Regional que apresentou alguns resultados destes métodos em algumas turmas. Com isto, trouxeram três propostas para que os professores escolhessem uma e que teriam que continuar com ela até o próximo ano. Nos reunimos na escola, discutimos as propostas e nossa prática. Concluimos que não adotaríamos nenhuma delas por julgarmos não irem de encontro ao que acreditamos, que é uma educação baseada nos interesses e realidades dos alunos. Não critico o Estado, creio que a intenção foi a melhor possível, porém, penso que não podemos adotar aquilo que não acreditamos. Também avaliamos como nossos alunos estão saindo de nossas turmas: como escrevem, interpretam, lêem e principalmente, o como estão aplicando os conhecimentos. Para um parecer mais seguro, discutimos também com as professoras das séries subsequentes. No texto Não Há Como Alfabetizar Sem Método? Iole Maria Faviero Trindade trás a seguinte provocação: "Posso alfabetizar e letrar fazendo uso de um ou mais métodos"? Eu respondo que acredito que considerando a heterogeneidade, o ideal é fazer uso de mais de método, pois assim, maiores as chances de mais crianças efetivarem suas aprendizagens.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Análise das Teses

Fizemos na aula presencial desta semana, interdisciplina de SI VII, uma reflexão do que havíamos pensado sobre o caminho trilhado na análise das teses. Verificamos nossas postagens e discutimos, confrontamos nossos pensamentos. Uma das unanimidades do grupo, foi sobre como temos dificuldade tanto para falar do trabalho de alguém, quanto para aceitar que falem do nosso, ou seja, percebemos que não tínhamos a compreensão de que a crítica, a divergência, serve para cresecermos e/ou, enriquecer nosso trabalho. Somos bons em elogiar, mas ficamos preocupados com o que o outro vai pensar se dissermos que podem melhorar em alguma coisa, ou que não concordamos com alguma colocação sua. Da mesma forma e talvez com mais intensidade, não gostamos quando se colocam contrários às nossas ideias. Mas, vimos, também, que o exercício pode nos ajudar a progredir nesta dificuldade.

Comparação

Me chamou a atenção no filme assistido nesta semana, O Menino Selvagem, o modo como o médico examinou Victor. Recursos parcos, tecnologia, praticamente inexistente, apenas técnicas e dedução, dificultando, assim, um diagnóstico preciso sobre a deficiência do menino, levando Dr. Itard a ir testando modos, criando estratégias, testando hipóteses, pesquisando como auxiliá-lo de forma mais eficiente. Comparei, então, a prática de Itard com nossa prática. Se hoje existem inúmeros recursos, tecnologias diversificadas e eficientes, especialistas altamente qualificados, lamentavelmente não podemos contar com eles, porque o estado não disponibiliza nada neste sentido. Nem mesmo o município permite que os alunos da Rede Estadual utilizem os serviços que oferecem aos alunos da Rede Municipal, como se não morassem na mesma cidade, seus pais não pagassem impostos, enfim, nos sentimos impotentes diante do empurra-empurra entre as Redes e o prejuizo maior é da criança que não é atendida em suas necessidades. Sem um parecer dos profissionais da saúde, ficamos nós professores, perdidos, duvidosos, inseguros. Ainda bem que via de regra temos uma característica: acreditar que sempre haverá uma estratégia em algum momento que vai ajudar o aluno a progredir.

Troca de experiências

A aula presencial de Linguagem e Educação desta semana, através de proposta de trabalho em grupos, oportunizou a troca de experiências entre nós tendo como base o planejamento criado para atender solicitação desta mesma interdisciplina. Foi muito interessante a experiência. Saimos com ricas ideias que poderemos utilizar em sala de aula. Precisamos tanto destes momentos! Não se trata de querer que alguém traga coisas prontas para que apliquemos com nossos alunos, pois isto remeteria a uma
homogeneização da turma, conforme vimos no texto Os Projetos de Trabalho: Uma Forma de
Organizar os Conhecimentos Escolares, em Didática, mas sim desejamos que seja estimulado o intercâmbio de ideias, a socialização daquilo que pode dar certo e engendrar êxito ao processo ensino aprendizagem,aliás, tentativa constante deste curso. Também foi possível, por diversos momentos, perceber as interdisciplinas de Didática e Linguagem se mesclando: na questão dos temas, na interdisciplinaridade, nos objetivos, entre outros. Foi gratificante e produtiva, a aula.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Narrativa


Ao escutar a narrativa da criança para a atividade de Linguagem, fiquei muito sem jeito ao perceber que a menina não acrescentava detalhes à sua história.
Comecei, então, a fazer interferências, levando-a a pensar e ir incrementando seu enredo com elementos diferentes.
Ao tomar a atitude de estimulá-la a falar mais, senti muita insegurança. Não sabia se era certo o que estava fazendo. Foi então que li no texto Tem um monstro no meio da história (GURGEL, 2009), uma fala da especialista Maria Virgínia dizendo que “o adulto não deve questionar se o que a criança conta é verdade ou invenção, mas embarcar na aventura e pedir mais detalhes”. Com esta leitura resolvi minha angústia e me senti apta a continuar o trabalho.

domingo, 11 de outubro de 2009

Meios não convencionais

Ao ler o texto Alfabetização de Adultos: ainda um desafio de Regina Hara, identifiquei uma colocação dela com uma vivência de sala de aula. No texto está colocado:"A curiosidade, o desejo de saber o que está escrito, mobiliza muitos conhecimentos que, às vezes, eles mesmos não sabem que têm. Um adolescente empenhado em ler um gibi pode fazer progressos de leitura rapidamente e talvez não o fizesse com outro tipo de texto". No meu caso, um aluno mostrou interesse em ler, à partir de uma charge do jornal. Recortei, então, diversas delas e levei para a sala. Primeiramente buscamos saber exatamente o que era uma charge. Depois ele escolhia uma, eu perguntava de que assunto pensava que se tatrava. Ele analisava a gravura e respondia, quando então, eu pedia que procurasse no texto da charge se encontrava esta palavra ou alguma relacionada. Também sugeria que escrevesse do seu jeito, o texto para aquelas que não o possuiam. Ele por sua vez também começou a trazer de casa, sua mãe trouxe do trabalho, criamos charges sobre assuntos que estávamos estudando e ele começou a ler. Hoje, já acompanha uma leitura coletiva, continua sozinho, enfim, ainda tem algumas dificuldades, mas foi à partir não de um texto escolar, mas sim de um quadro de humor que ele desenvolveu suas aprendizagens.
Resumindo: o interesse é importante aliado tanto para as aprendizagens infantis quanto de jovens ou de adulto.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Projeto de Aprendizagens

Muito bacana perceber como se aprende com as trocas. Estava hoje editando a réplica da análise do PA e ia ao mesmo tempo aprendendo com os comentários das colegas.
Confrontava com minhas idéias, analisava uma e outra e então formava uma opinião mais consistente ou mais consciente. Este exercício fez com que me desse conta de algumas coisas que não percebia antes, como por exemplo, sobre que as dúvidas e certezas eram conhecimentos prévios que trazíamos. Agora parece óbvio, e me pergunto: como não sabia disto antes? Até porque se não tivesse este conhecimento, não poderia estar registrando-o (dúvidas e certezas).

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Análise

Ao responder as questões Teses do PA, me dei conta que apesar de estar no segundo PA,ainda tinha dúvidas sobre alguns tópicos.
Com isto, percebi com mais clareza que este processo de analisar o que anteriormente foi feito, gera mais aprendizagens porque requer busca de respostas ao mesmo tempo que ao final qualifica mais o trabalho.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Inquietação

Ao desenvolver a atividade sobre o texto "O Menininho" de Helen Buckley, veio-me à mente um fato que tenho observado ao longo da minha carreira. Durante dezessete anos trabalhei com Educação Infantil. Sempre estimulei muito a criação de textos e propunha diversas atividades para tal. As crianças respondiam com produções riquíssimas. Tanto que para as apresentações na Escola, não precisávamos recorrer a coisas prontas. Aproveitávamos as próprias criações das crianças. Já apresentavam à época, amplo vocabulário e muitos textos se transformaram em pequenas peças de teatro. Estes mesmos alunos, ao chegar nas séries seguintes, parecem perder a criatividade. Acompanhando seus cadernos, nota-se frases pequenas, sem significado, sem criatividade. Então, pergunto-me o que acontece? Que fatores influenciam nesta mudança? É normal que isto aconteça? Acontece assim com todas as crianças? Huuuummmm... Será que estas questões dariam um bom PA?

Aprendendo sobre Língua de Sinais

Interessantíssima a aula presencial sobre Libras.
Muitas informações novas para mim. Quando olhava pela tv ou mesmo em ocasiões em que convidávamos para participar do projeto Justiça em Ação, alunos surdos do município, não imaginava que haviam tantas coisas por trás. Não havia tradutor, de modo que só sabíamos o que estava acontecendo porque presenciávamos a cena. Uma das coisas que me surpreendeu foi o fato de haver variações entre sinais de região, ou até mesmo de cidade para cidade. Pensava que a convenção era universal. Estou curiosa a respeito das atividades desta interdisciplina. Penso que será um grande desafio desenvolvê-la principalmente por ser à distância. Incrível a dor que senti nos pulsos e mãos, e não fui a única, ao fazer os sinais com Eleonora. Muito interessante a aula.

domingo, 6 de setembro de 2009

Pedagogia Comeniana

Fiquei surpresa ao tomar conhecimento da Pedagogia Comeniana por parecer tão atual.
Muitas das preocupações que estão em estudo ou práticas vivenciadas diariamente em sala de aula, se fazem presentes na proposta de Comênio: atenção à capacidade de compreensão do aluno, o aluno como centro do processo ensino-aprendizagem, professor ensinando menos, ensino igual para todos, o relacionamento professor/aluno, o elo som – letra que aponta para o Método Fonético, recentemente sugerido pela Coordenadoria aos professores para alfabetização. Enfim, podemos pensar que ou ele estava muito a frente de seu tempo ou nós pouco ou quase nada evoluímos em educação. Também vale ressaltar a questão da religiosidade abordada por Comênio. Penso que se ela for embasada em princípios Cristãos, auxilia e muito na construção do caráter da pessoa, logo, deveria ser mais discutida e principalmente vivida.

Oralidade, leitura e escrita

Para comunicar-se o ser humano usa várias formas de expressão onde entre elas, a oralidade, a leitura e a escrita.
Na sala de aula, como temos no mínimo 25 alunos, convivemos com diversos modos de falar que acabam influenciando na maneira de ler/escrever das crianças.
Maria Isabel Dalla Zen e Lole Faviero Trindade, no texto “A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais”, mostra que fatores como contexto, meio cultural, social, interlocutor, são determinantes no modo de ler / escrever de cada pessoa, muito embora para escrever, muitas vezes, e principalmente a partir da adolescência, o registro seja diferente do que é falado em respeito às normas gramaticais.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Dificuldade

Desenvolver um Projeto de Aprendizagens é instigador quando se pesquisa sobre um assunto que seja do interesse do pesquisador.
No projeto anterior o maior problema encontrado por nosso grupo, foi o encontro virtual. Combinar, debater, discutir opiniões pelo computador, é ao meu modo de ver, uma atividade que precisamos exercitar para agilizar o projeto, mas todos (inclusive eu, estão tão envolvidos com trabalho, família, faculdade, que o tempo fica escasso e o encontro complicado. Então, muitas vezes, estamos motivados em função da escolha do tema de nosso gosto, e, acabamos por desmotivar um pouco devido a esta demora na troca de idéias e respostas. Gera insegurança porque a gente fica com medo de ficar trabalhando sozinha e os colegas não concordarem e, com isto, a qualidade do trabalho acaba ficando comprometida. O fato de podermos continuar o projeto no próximo semestre, veio à calhar e permitirá apurar a pesquisa e enriquecer o PA.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Sugestões

Sugestões são sempre bem vindas para os professores e, durante a 74ª Plenária do Fórum Permanente da Política Pública Estadual Para Pessoas com Deficiência e Pessoas com Altas Habilidades no RS, tivemos a oportunidade de ouvir dicas de literatura bem atualizada sobre o referido tema. Daniela Conte Real realizou estudos sobre diversos livros e trouxe para nós participantes, praticamente uma análise crítica sobre cada um.
Lamentavelmente esta abordagem, que na verdade caiu como prêmio, uma vez que não estava prevista, foi pouco aproveitada por grande parte das pessoas por ter sido tratada no final da Plenária, momento em que muitas pessoas estavam saindo por causa de transporte ou de outros compromissos. Este fato acabou interferindo eu não diria na apresentação porque Mônica é altamente qualificada, mas diria que na compreensão da exposição em função do barulho e do deslocamento das pessoas. Mas o Fórum foi altamente produtivo e superou minhas expectativas.
Abaixo alguns títulos sugeridos. Apenas não consegui registrar os autores.
- Na Minha Escola Todo Mundo é Igual - O Gambá que não Sabia Sorrir
- Diferente é Divertido - Uma Joaninha Diferente
- Zé Diferente - Juntos Somos Ótimos
- Diversidade - Meu Amigo Down
- Braile e Tinta - Dança Down

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domingo, 5 de julho de 2009

Debate necessário

Com os estudos realizados na Interdisciplina de Questões étnico-raciais, foi possível perceber quão grande foram as contribuições dos negros e índios para a formação da identidade do nosso povo e, também, a série de danos psicológicos, materiais, sociais, políticos e educacionais sofridos por eles desde o período escravista.
A dificuldade que as pessoas de modo geral têm de falar sobre o assunto é grande. Parece que discutir o problema significa melindrar alguém ou trazer à tona as dores da alma. E pode ser que ao refletir, realmente as dores se intensifiquem, mas, penso há que se enfrentar a dor para que ela possa, pelo menos para as próximas gerações, cessar o sofrimento e permitir oportunidades iguais para todos.
Felizmente hoje, muitas políticas foram criadas com a intenção de implantar ações que cumpram a tarefa da promoção da igualdade, com respeito e tolerância às diferenças.
Percebi, ainda, que nós professores temos como tarefa ininterrupta a abordagem do tema bem como a promoção do debate e da reflexão sobre as questões étnico raciais, mas que não apenas o professor. A direção e funcionários deveriam receber formação
ou participar das discussões e ou projetos que aconteçam na escola ou Rede de Ensino, para melhor conseguirmos ajudar a criança conforme sugere Marilene Leal Paré no texto Dimensões da Expressão Afro-Cultural: "O aluno de origem afro cuja escola não considere essas dimensões poderá desenvolver mecanismos de defesa que prejudicariam o desenvolvimento pleno da sua aprendizagem".

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Adorno

Interessantíssimo o texto EDUCAÇÃO APÓS AUSCHWITZ de Adorno.
Através de sua leitura, refleti sobre aspectos como ética, moral, práticas pedagógicas, mas o que me surpreendeu ao realizar esta atividade, foi a analogia que estabeleci, cujo registro ficou assim postado no webfólio da interdisciplina de Filosofia: "a educação/escola: o campo de concentração, nós professores: os generais que julgam e determinam o destino dos alunos: vítimas que normalmente são considerados os culpados das situações: evasão, reprovação, indisciplina, entre outros". Fato que coincide com o exposto no referido texto: "As raízes têm de ser procuradas nos perseguidores, não nas vítimas que, sob os mais mesquinhos pretextos, foram entregues aos assassinos". Com isto, dei-me conta, que se temos este poder de julgar, podemos escolher absolvê-los, e pensar conjuntamente em soluções para os problemas decorrentes.

sábado, 16 de maio de 2009

Informações Úteis

Fazendo as leituras de Educação Especial - (Atendimento Educacional Especializado AEE - Deficiência Física), identifiquei algumas coisas com pelo menos dois alunos de Educação Especial da turma em que estava atuando. Uma se refere à tesoura adaptada. Como já comentei no dossiê, uma aluna com paralisia cerebral, precisa usar esta tesoura e a conseguiu através da ACD de Porto Alegre, mas, tal qual fala no livro, ela consegue manejar a tesoura, porém, o manejo do papel, fica comprometido, então, vou passar para a professora a sugestão de um colega segurar o papel para ela. Outro aspecto que achei interessante, foi sobre a fala, onde vem a sugestão de usar cartões e placas entre outros, para facilitar a comunicação de alunos com problemas de fala. Penso que será muito produtivo para o aluno D. esta estratégia uma vez que ele fica muito frustrado quando tenta se comunicar e não é compreendido.

Aplicando Aprendizagens

Nesta semana vivenciei uma situação bem interessante que me reportou à interdisciplina: DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA I - C quando estudamos Mecanismos de Defesa. Meu aluno estava impossível. Parecia ansiedade, andava sem parar, dava uns pulos altos na sala que estavam atrapalhando. Sentei em uma mesa de seu grupo e fiquei trabalhando ali. De repente ele começou a falar que um amigo dele ficava andando sem parar e pulava na sala quando não sabia fazer as coisas.
Escutei-o e evidentemente percebi que falava de si, então, disse a ele que falasse para seu amigo que ele poderia ficar tranquilo porque sua professora o ajudaria e que se ele preferisse poderia pedir ajuda para seus colegas, que ele ficasse calmo que teria mais chance de conseguir fazer as tarefas. Ele ficou pensativo, sentou, tentou um pouco fazer a atividade e logo em seguida veio me perguntar como fazia. Este é um mecanismo que aparece com frequência em sala de aula e que graças ao estudo sobre ele, podemos auxiliar os alunos.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Confirmando a teoria

A aplicação dos testes de conservação da massa e de líquidos, oportunizou a constatação do que estudamos em Piaget: "Em determinada população podemos caracterizar os estádios por uma cronologia, mas esta é extremamente variável; depende da experiência anterior dos indivíduos, e não apenas de sua maturação;depende,principalmente, do meio social,
que pode acelerar ou retardar o aparecimento de um estádio, ou mesmo impedir
sua manifestação". (Piaget (1972, p.200). Trabalhamos com crianças de meios distintos e idades diferentes e constatamos que apesar de terem três anos de diferença de idade, encontram-se no mesmo estádio.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Visita virtual, ensina.

Visitei hoje, o Dossiê de algumas colegas de Sapiranga e reparei que há uma preocupação com a Educação Especial, aparentemente maior em relação aos demais municípios.
Louvável, também, a atitude de dispor os dados referentes à esta modalidade de ensino aos professores. Aqui na minha cidade, não temos a mesma sorte. Já liguei para agendar atendimento, enviei e-mail conforme orientação da própria secretaria a fim de receber as respostas por esta via, mas nada consegui.
Busquei os dados na internet, porém, são insuficientes.
Insistirei...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Novas ferramentas

Na verdade não sei se o título é verdadeiro porque talvez ela (ferramenta) nem seja assim tão nova. Mas descrevi no Dossiê sobre um menino com grande deficiência visual que estuda em minha escola e a Del Carmen, prontamente comentou e falou sobre disponibilizar um computador para ele e instalar o dosvox que é uma ferramenta fácil de usar e traria muitos benefícios a este aluno. Disse, ainda, que o programa é gratuito e que se quisesse, ela enviaria o tutorial.
Vejam só... Soluções existem para facilitar e auxiliar estas crianças, mas normalmente esbarra em algum empecilho. Na minha escola, não será possível por não dispormos de computador instalados, apesar de estarem 10 à espera de sala e R$ para instalá-los.
Amanhã estarei numa reunião sobre Educação Especial na CRE, onde colherão sugestões e posicionamentos para esta modalidade de ensino. Após, enviarão para a Divisão de Educação especial/SE. Pretendo aproveitar a oportunidade e colocar grande parte do que estamos discutindo na Interdisciplina.

sábado, 18 de abril de 2009

Presencial

A aula presencial do dia 16 de abril, estava muito gostosa.
Em princípio professor Crediné orientou-nos sobre os seguintes passos de SI VI. Esclareceu que aprenderíamos a analisar as postagens do portfólio de aprendizagens, no intuito de melhorarmos nossa escrita e, também, através da crítica construtiva, auxiliar os colegas nas suas construções. Explicou que esta prática não visa julgar o colega, mas sim verificar se os argumentos estão coerentes, se são consistentes ou se apenas estamos fazendo comentários superficiais.
Em seguida, professora Ana de psicologia, retomou o assunto Epistemologia e entendi, com isto, que o que eu entendo por ensino, o que eu entendo por aprendizagem é a minha epistemologia e que estas concepções vão definir a minha ação e promover a modificação.

sábado, 11 de abril de 2009

Pensando o fazer

Hoje ao realizar a atividade três de Psicologia, fiquei impressionada com o fato de
como as pessoas agem automaticamente.
Tentando responder às questões norteadoras, me dei conta de que para realizar uma
aprendizagem, várias ações foram necessárias. Que meus conhecimentos e aprendizagens prévios foram a mola propulsora para a nova construção e que as hipóteses são muito importantes no processo. No caso, então, percebi que ao vivenciar a experiência, fiz várias coisas automaticamente e só me dei conta ao fazer a atividade.

Educar como índio

Ótimos os textos sugeridos, referentes a desdobramentos de ações sobre questões étnicas e raciais. (“Era uma vez uma menina muito bonita: Uma prática pedagógica relacionada com a questão racial em uma turma de alfabetização.” de Luciane Andréia Ribeiro Leite e “Semana indígena: Ações e reflexões interculturais na formação de professores” de Ana Maria Petersen, Maria Aparecida Bergamaschi e Simone Valdete dos Santos).
Lindo de ler a fala do índio sobre os ensinamentos em sua tribo. Impressionante como trabalham a moralidade, o respeito às pessoas, à natureza... Também me chamou a atenção, que eles aprendem uns com os outros, muito com os pais, com os mais velhos, dialogando, observando e vivenciando. A maioria das famílias de hoje, não dispõe de tempo para educar desta forma, ensinar e oportunizar vivências a seus filhos e isto, no meu modo de ver está se refletindo na escola e na estrutura da sociedade. Cada vez aumenta mais o número de pessoas com doenças "da alma": depressões, síndromes, pânicos, etc. Penso que tem muito a ver com indiferença, falta de identidade, de referência familiar, de afetividade, de convivência.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Presencial

A aula presencial estava muito boa.
Os nós sobre Inclusão, já começaram a ser desatados. Professora esclareceu sobre direitos de pessoas com necessidades educacionais especiais,Síndromes, Autismo, etc.. compreendo melhor porque muitas pessoas questionam ou refutam as salas de Classes Especiais. As colegas contribuiram com comentários sobre suas práticas e o momento foi, também, de desabafo e discussão sobre a formação do professor que recebe estes alunos e que na maioria das vezes sofre por não saber como ajudar efetivamente, porque não se trata de apenas dar as mesmas atividades para todos. Há, sim, que se detectar as necessidades da criança e atendê-la da forma como lhe seja melhor compreensível e que lhe possibilite avançar nas aprendizagens.

Ética

Me envolvi em outras atividades e perdi a oportunidade de debater no Fórum de Filosofia.
Li o texto no início da semana, mas não consegui formular os argumentos que julgasse convincentes para contestar o antropólogo. Hoje estou lamentando porque poderia ter ficado bem mais rico nosso debate, ainda mais sobre este assunto tão necessário de ser discutido: Ética.

sábado, 28 de março de 2009

Competência

Dá muita segurança e tranquilidade para o aluno, estar sob a tutela de equipe tão competente quanto generosa:
Celi: enviando e-mail para dizer que notaram ausência na aula.
Melissa: criando e envindo e-mail sobre como acessar ou criar novo pbwiki
Liliana: enviando preciosas dicas sobre como se organizar nos estudos em SI VI
Analissa: perspicaz, notou muitas dúvidas e tratou de enviar e-mail esclarecendo sobre a atividade.
Tutores: sempre solícitos, dispostos a auxiliar com boa vontade em nossas dificuldades.
Obrigada à todos

Olhar à mim e ao outro

Professora Zita está mexendo conosco... Levando-nos a nos conhecermos melhor e também ao outro. A dinâmica da presencial de quinta feira, à princípio inibiu um pouco,porque observar e ser observada, à mim constrange um pouco. Mas depois, fomos nos envolvendo na análise, registrando, conversando e o gelo foi quebrado. Curioso se deparar com detalhes que o observador reparou e que a gente, dono do detalhe, não se dá conta. Ver e sentir a reação do outro também, foi bem interessante. Nos damos conta de como passamos batido até por nós mesmos e de como, apesar de termos um corpo dotado das mesmas partes, salvo as sexuais, somos tão diferentes.

Reflexão + Expectativa

Os conhecimentos construídos no semestre passado foram muito interessantes e aguçaram minha curiosidade por serem temas que não costumam ser analisados nas escolas, logo, bem pouco sabia a respeito. Aspectos legais da educação, normalmente se restringem à equipe administrativa, ficando para o corpo docente, questões de ordem pedagógica, então, entender que as políticas educacionais sofrem influências das macro políticas ditadas pela Globalização; como se organiza o Ensino Fundamental; quem elabora Diretrizes; competências de cada esfera; FUNDEB; merenda escolar; Gestão Democrática, Conselhos, enfim, aprendizagens fundamentais para quem deseja, conforme orientação e estímulo deste curso, ter uma prática reflexiva, consciente e transformadora. Como, por exemplo, argumentar sobre estes assuntos se não tiver conhecimento sobre eles? Como entender porque não há merenda, se não conhecer os caminhos do repasse? Para praticar o que tanto desejamos, ou seja, a participação da comunidade e alunos nas decisões escolares é imprescindível dominar todo o funcionamento da instituição.
Os Projetos de aprendizagem, igualmente fomentaram inúmeras aprendizagens. Uma gama tão grande de informações que parece impossível encerrar as pesquisas sobre o assunto. Importante porque engendraram novas ações, como por exemplo, horta para cultivo de plantas medicinais na escola e manipulação de plantas para fazer medicamentos.
Com a apresentação final, constatei que preciso melhorar minha capacidade de síntese. Aliás, já havia sentido esta necessidade anteriormente e isto se confirmou quando não consegui expor todas as aprendizagens no tempo determinado para a apresentação. Sobre expectativas para este semestre, as maiores se referem à Educação Especial em função de eu ter assumido temporariamente uma convocação para Classe Especial. Espero me instrumentalizar e melhor atender meus adoráveis alunos.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Reportando às aprendizagens

Os conhecimentos construídos no semestre passado foram muito interessantes e aguçaram minha curiosidade por serem temas que não costumam ser analisados nas escolas, logo, bem pouco sabia a respeito. Aspectos legais da educação, normalmente se restringem à equipe administrativa, ficando para o corpo docente, questões de ordem pedagógica, então, entender que as políticas educacionais sofrem influências das macro políticas ditadas pela Globalização; como se organiza o Ensino Fundamental; quem elabora Diretrizes; competências de cada esfera; FUNDEB; merenda escolar; Gestão Democrática, Conselhos, enfim, aprendizagens fundamentais para quem deseja, conforme orientação e estímulo deste curso, ter uma prática reflexiva, consciente e transformadora. Como, por exemplo, argumentar sobre estes assuntos se não tiver conhecimento sobre eles? Como entender porque não há merenda, se não conhecer os caminhos do repasse?
Com a apresentação final, constatei que preciso melhorar minha capacidade de síntese. Aliás, já havia sentido esta necessidade anteriormente e isto confirmou-se quando não consegui expor todas as aprendizagens no tempo determinado para a apresentação.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Proteção às plantas



Visitei o Centro Ambiental de Sapiranga e busquei mais uma aprendizagem que responde a um questionamento do PA sobre o cuidado com a coleta das plantas. Como o Centro fica a beira de uma estrada de chão batido, uma cerca viva foi cultivada a fim de proteger as espécies da poeira, conforme mostra a foto acima.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Medicamentos Naturais




Foi tão interessante e rico o estudo desenvolvido no PA sobre como transformar produtos da natureza em medicamentos naturais, que pretendo no próximo ano, desenvolver em minha escola, um projeto e montar com os alunos uma farmácia somente com este tipo de medicamentos. Tentarei fazê-lo através da construção de um Projeto de Aprendizagem.

Gestão Democrática

Vimos todo o contexto do surgimento da gestão democrática para a escola pública e, uma colocação da professora Neusa Batista chamou-me atenção: "não basta estatuir normas formais para democratizar a gestão da escola, é preciso democratizar as práticas de toda a comunidade escolar, e para tal, é preciso encarar a democracia como um princípio ético-político que necessita ser cultivado em todos os espaços de relações sociais". De fato é o que se observa na prática: atitudes arbitrárias e individualista contra um discurso absolutamente democrático, registrado no PPP e no Regimento, mas, através do histórico, é possível perceber que muito já avançamos e penso que podemos e devemos ser otimistas e acreditar que a mudança verdadeira acontecerá.

Trabalho Docente

Pensar sobre a prática docente tem sido uma constante no curso, mas principalmente neste eixo, estou tornando-me mais consciente desta necessidade.
Tardif auxilia nesta reflexão quando coloca: "O problema principal do trabalho docente consiste em interagir com alunos que são todos diferentes uns dos outros e, ao mesmo tempo, em atingir objetivos próprios a uma organização de massa baseada em padrões gerais". Concordo que este seja o maior desafio do educador. Claro que a Pedagogia enquanto ciência social está conectada com os aspectos da sociedade, mas daí a aceitar que o trabalho de sala de aula seja baseado em padrões gerais, vai um longo caminho, mas infelizmente é o que se observa, apesar de tudo que está proposto nos PPPs, qual seja um currículo baseado na realidade e necessidade daquele meio especifico. Felizmente, ultimamente tem-se pensado mais no aluno como individualidade, com seus saberes e estratégias de aprendizagem próprias, mas penso que há, ainda, muito mais discurso do que prática. Acredito que isto acontece porque é muito trabalhoso para o professor que pelos motivos comentados acima, não dispõe das necessárias condições para esta prática.

ALIMENTAÇÂO ESCOLAR

A interdisciplina de Gestão oportunizou-me estudar o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), implantado em 1955 e compreender que através deste programa, o governo garante, por meio da transferência de recursos financeiros, a alimentação escolar dos alunos da educação infantil (creches e pré-escola) e do ensino fundamental.
O repasse é feito diretamente aos estados e municípios, com base no censo escolar realizado no ano anterior ao do atendimento. O programa é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAEs), pelo FNDE, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela Secretaria Federal de Controle Interno (SFCI) e pelo Ministério Público.
O controle é necessário, mas muitas vezes, torna-se um entrave para realização de uma compra melhor, porque o pequeno agricultor não tem bloco de notas, logo, não pode efetuar a venda para as escolas que precisam apresentar Nota Fiscal para o Conselho ou Coordenadoria. Próximo de minha ecola, há um senhor que tem hortaliças sem agrotóxico, com um preço bem acessível, no entanto, por falta da nota, não é possível negociar com ele. Perdem, assim, ele e a escola.