terça-feira, 10 de novembro de 2009

Paulo Freire

Paulo Freire é apaixonante! Que bom se todos os professores lessem suas obras e seguissem um pouco do que ele ensinou.
Como ele é humano! Como deixava explícita a integralidade do Homem. Sentimento trabalhado na sistematização da leitura e escrita, sentimento trabalhado em todos os momentos. Respeito e igualdade às pessoas. Conduzia os homens à reflexão de sua realidade levando-os a agirem para transformar sua vida, seu meio, a sociedade, tornando-o um ser político. Não político-partidário, mas político no sentido de exercer sua cidadania, ser ativo, participativo, solidário, cooperativo, reflexivo, produtivo. Assim, ciente e consciente de seu papel diante da sua vida, de seu meio, buscaria AGIR, desta vez com liberdade e não como doutrinado. Para nós professores é importante saber disto porque conforme coloca Paulo Freire, "É na realidade mediatizadora, na consciência que dela tenhamos, educadores e povo, que iremos buscar o conteúdo programático da educação".

Metodologia

Há pouco estava participando no Fórum de linguagem e li a postagem da colega Roseli que contava sobre a escolha que sua escola fez adotando o método Alfa e Beto para alfabetização. Esta escolha deu-se partindo de uma reunião com a Coordenadoria Regional que apresentou alguns resultados destes métodos em algumas turmas. Com isto, trouxeram três propostas para que os professores escolhessem uma e que teriam que continuar com ela até o próximo ano. Nos reunimos na escola, discutimos as propostas e nossa prática. Concluimos que não adotaríamos nenhuma delas por julgarmos não irem de encontro ao que acreditamos, que é uma educação baseada nos interesses e realidades dos alunos. Não critico o Estado, creio que a intenção foi a melhor possível, porém, penso que não podemos adotar aquilo que não acreditamos. Também avaliamos como nossos alunos estão saindo de nossas turmas: como escrevem, interpretam, lêem e principalmente, o como estão aplicando os conhecimentos. Para um parecer mais seguro, discutimos também com as professoras das séries subsequentes. No texto Não Há Como Alfabetizar Sem Método? Iole Maria Faviero Trindade trás a seguinte provocação: "Posso alfabetizar e letrar fazendo uso de um ou mais métodos"? Eu respondo que acredito que considerando a heterogeneidade, o ideal é fazer uso de mais de método, pois assim, maiores as chances de mais crianças efetivarem suas aprendizagens.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Análise das Teses

Fizemos na aula presencial desta semana, interdisciplina de SI VII, uma reflexão do que havíamos pensado sobre o caminho trilhado na análise das teses. Verificamos nossas postagens e discutimos, confrontamos nossos pensamentos. Uma das unanimidades do grupo, foi sobre como temos dificuldade tanto para falar do trabalho de alguém, quanto para aceitar que falem do nosso, ou seja, percebemos que não tínhamos a compreensão de que a crítica, a divergência, serve para cresecermos e/ou, enriquecer nosso trabalho. Somos bons em elogiar, mas ficamos preocupados com o que o outro vai pensar se dissermos que podem melhorar em alguma coisa, ou que não concordamos com alguma colocação sua. Da mesma forma e talvez com mais intensidade, não gostamos quando se colocam contrários às nossas ideias. Mas, vimos, também, que o exercício pode nos ajudar a progredir nesta dificuldade.

Comparação

Me chamou a atenção no filme assistido nesta semana, O Menino Selvagem, o modo como o médico examinou Victor. Recursos parcos, tecnologia, praticamente inexistente, apenas técnicas e dedução, dificultando, assim, um diagnóstico preciso sobre a deficiência do menino, levando Dr. Itard a ir testando modos, criando estratégias, testando hipóteses, pesquisando como auxiliá-lo de forma mais eficiente. Comparei, então, a prática de Itard com nossa prática. Se hoje existem inúmeros recursos, tecnologias diversificadas e eficientes, especialistas altamente qualificados, lamentavelmente não podemos contar com eles, porque o estado não disponibiliza nada neste sentido. Nem mesmo o município permite que os alunos da Rede Estadual utilizem os serviços que oferecem aos alunos da Rede Municipal, como se não morassem na mesma cidade, seus pais não pagassem impostos, enfim, nos sentimos impotentes diante do empurra-empurra entre as Redes e o prejuizo maior é da criança que não é atendida em suas necessidades. Sem um parecer dos profissionais da saúde, ficamos nós professores, perdidos, duvidosos, inseguros. Ainda bem que via de regra temos uma característica: acreditar que sempre haverá uma estratégia em algum momento que vai ajudar o aluno a progredir.

Troca de experiências

A aula presencial de Linguagem e Educação desta semana, através de proposta de trabalho em grupos, oportunizou a troca de experiências entre nós tendo como base o planejamento criado para atender solicitação desta mesma interdisciplina. Foi muito interessante a experiência. Saimos com ricas ideias que poderemos utilizar em sala de aula. Precisamos tanto destes momentos! Não se trata de querer que alguém traga coisas prontas para que apliquemos com nossos alunos, pois isto remeteria a uma
homogeneização da turma, conforme vimos no texto Os Projetos de Trabalho: Uma Forma de
Organizar os Conhecimentos Escolares, em Didática, mas sim desejamos que seja estimulado o intercâmbio de ideias, a socialização daquilo que pode dar certo e engendrar êxito ao processo ensino aprendizagem,aliás, tentativa constante deste curso. Também foi possível, por diversos momentos, perceber as interdisciplinas de Didática e Linguagem se mesclando: na questão dos temas, na interdisciplinaridade, nos objetivos, entre outros. Foi gratificante e produtiva, a aula.