segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Benefícios do blog




Para a atividade final de SI IX, precisamos pesquisar o blog para verificar as aprendizagens desde o início do curso. E, neste momento, ficou ainda mais evidente, para mim, as postagens como um meio prático de acompanhar o processo de aprendizagens dos alunos. Principalmente porque possibilita o refazer, através do "editar postagens".
Fica, neste local, fácil de ver o que já foi trabalhado, como pensávamos sobre determinado assunto há tempos atrás, como pensamos depois de estudar sobre o tema. Pode-se escrever sobre as angústias, dúvidas, descobertas, aprendizagens...
Gostei tanto da experiência que criei um para a minha turma na escola. A garotada está adorando e participando com entusiasmo. Diariamente pedem para ir até a sala de informática para registrar as pesquisas do PA. Também eu, preciso passar aqui com certa frequência para fazer o mesmo. Outra atração do blog é a possibilidade de adicionar imagens, videos e links. Assim, uma linguagem complementa a outra e a comunicação fica bem mais eficiente.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

TCC




Grandes expectativas a respeito da última banca do curso.
Treino incontáveis vezes, nervosismo total antecedendo a apresentação. Impressionante como apesar de tantos meses de pesquisa e preparação, de termos vivenciado a experiência a cada semestre, ainda ficar preocupada ao final. Em minha pesquisa de TCC, comentei, e a fala não é minha, que o texto oral é mais fácil de construir porque não é tão elaborado. A escrita segue algumas normas que a oralidade não cobra, porém, o que observamos na banca é que a dificuldade para os adultos, parece se encontrar justamente na expressão oral. Sem excessão, no meu grupo, as colegas colocaram que estavam bem ansiosas, mas todas apresentaram muito bem o resultado de suas pesquisas. Verdade é que tivemos orientador e tutora muito eficientes e humanos. Nos deixaram muito a vontade orientando com muita sensatez. Cobrando com rigor mas sem autoritarismo. Assim, tanto o estágio quanto a banca foram momentos de muitas aprendizagens e trocas.

Finalizando

Finalmente o encaminhamento para o final. Eixo nove com SI IX e o temido TCC.
Para ajudar, passei por problemas de saúde bem complicadinhos, fato que me impediu de acompanhar os primeiros encontros presenciais de orientação. Assim que tive condições de retomar, recebi até orientação domiciliar. Isto, em minha opinião, é a vivência de um dos princípios pregados por Comênio: a consideração ao aluno. Após esta “aula”, tratei de me agilizar porque fui alertada sobre os prazos. Busquei conseguir os livros cujas referências encontrei em artigos que estava lendo sobre o assunto de minha pesquisa, qual seja: A relação entre práticas pedagógicas e a produção de textos criativos. Iniciei, também, as atividades de Sistema Integrador colocando sobre as transformações que este curso engendrou tanto pessoalmente quanto profissionalmente.
Nesta proposta, ficou bem evidente o poder de uma boa formação, pois, minhas aprendizagens não me pertenceram exclusivamente. Compartilhei-as com meus alunos, colegas de trabalho e até mesmo familiares. Deste modo muitas pessoas foram influenciadas pelo conhecimento que adquiri. Muito nos transformamos, mudamos hábitos, idéias, opiniões, nos atualizamos tecnologicamente, nos aproximamos mais pelo trabalho coletivo e cooperativo. A reflexão sobre toda ação aos modos como fomos ensinados no curso nos tornou mais maduros, críticos e conscientes. Quanto ao trabalho de conclusão, foi uma experiência ímpar a qual me deu muito trabalho uma vez que nunca havia feito uma assim, mais profunda. Dediquei-me muito, passei por uns momentos um tanto constrangedores, pois nem sempre as pessoas sentem-se a vontade para falar de seu trabalho, mas, no final deu tudo certo e eu gostei muito do processo como um todo.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Prática x Discurso

Em postagem feita no 6º semestre sobre gestão democrática, comentei sobre as práticas arbitrárias versus discurso democrático realidade encontrada em algumas escolas. Abordei uma fala da professora Neusa Batista: "não basta estatuir normas formais para democratizar a gestão da escola, é preciso democratizar as práticas de toda a comunidade escolar, e para tal, é preciso encarar a democracia como um princípio ético-político que necessita ser cultivado em todos os espaços de relações sociais".
Analisando a questão, é possível ver que isto continua acontecendo e não só a nível de escola, mas também a nível de Coordenadoria cuja orientação recente comprova o que falo. Recebemos nesta semana o aviso de que precisamos reelaborar os Regimentos em função de a escola ter que oferecer a partir do próximo ano, a PP (Progressão Parcial) para alunos de 5ª série em diante. Tudo bem oferecer, acho uma boa estratégia, mas penso que uma discussão com os professores deveria anteceder a decisão da adoção da dependência para que as coisas não venham impostas e sem consideração a quem está na escola. E a ética, tão discutida em Filosofia, onde fica?

Conhecimentos Importantes




Educação Especial foi uma interdisciplina cursada no sexto semestre e que além dos esclarecimentos iniciais sobre direitos de pessoas com necessidades educacionais especiais,Síndromes, Autismo, etc., muito bem explicadas pela professora Liliana, fiquei encantada com as descobertas sobre os recursos que existem para os PNEs. Um deles, tão simples, eu fiz: colei uma esponja em volta do lápis de aum aluno que tinha dificuldade em atividades de motricidade fina. Foi de grande auxílio para ele.
Fazer um estudo de caso também foi uma experiência que não havia vivenciado antes e que possibilita um acompanhamento mais detalhado facilitando um parecer ou avaliação mais precisa e justa.
Gostei tanto da interdisciplina que já fiz vários cursos na área e queria trabalhar com Altas Habilidades, mas me informei e não existe formação.

Interdisciplinaridade em Questões




Relendo a postagem do 6º semestre, interdisciplina Questões Étnico Raciais encontrei:
"Percebi, ainda, que nós professores temos como tarefa ininterrupta a abordagem do tema bem como a promoção do debate e da reflexão sobre as questões étnico raciais, mas que não apenas o professor. A direção e funcionários deveriam receber formação
ou participar das discussões e ou projetos que aconteçam na escola ou Rede de Ensino, para melhor conseguirmos ajudar a criança conforme sugere Marilene Leal Paré no texto Dimensões da Expressão Afro-Cultural: "O aluno de origem afro cuja escola não considere essas dimensões poderá desenvolver mecanismos de defesa que prejudicariam o desenvolvimento pleno da sua aprendizagem".
Foi importantíssima a discussão que se fez nos encontros virtuais e/ou presenciais sobre esta questão porque a mim, pelo menos, instrumentalizou com pensamentos diferentes e com sugestões de abordagens criativas para o tema, que fiz uso em minha sala de aula. Mas, o que realmente me chamou atenção foi a fala de Marilene Paré sobre mecanismos de defesa porque é a interdisciplinaridade, a intertextualidade sendo vivenciada. Estudamos os mecanismos de defesa em Psicologia e, então, o texto de Marilene ficou compreensível graças à este conhecimento adquirido em outra interdisciplina.
EJA foi uma interdisciplina que me trouxe bastante conhecimento pois eu nunca tinha estudado sobre esta modalidade de ensino. Ao cursá-la no 7º semestre, lemos e respondemos algumas questões sobre o Parecer CEB no 11/2000, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos e assim, logo de saída já descobri o conceito e funções da EJA, a formação dos professores a relação entre trabalho e educação. Na saída de campo, vimos a teoria materializada nas falas dos alunos e diretor. O que discutimos em encontros virtuais e presenciais, se confirmava nas entrevistas: alunos evadidos para ajudar a família, por reprovar tantas vezes, oriundos do interior, cansados por terem vindo direto do trabalho, em busca de um futuro melhor do que o dos pais. Com tudo isto, vi que o professor da EJA tem que desenvolver um trabalho que contemple este universo e, em postagem sobre este assunto coloquei:
"Ao ler o texto Alfabetização de Adultos: ainda um desafio de Regina Hara, identifiquei uma colocação dela com uma vivência de sala de aula. No texto está colocado:"A curiosidade, o desejo de saber o que está escrito, mobiliza muitos conhecimentos que, às vezes, eles mesmos não sabem que têm. Um adolescente empenhado em ler um gibi pode fazer progressos de leitura rapidamente e talvez não o fizesse com outro tipo de texto".
A postagem intitulava-se Meios não Convencionais. Quando vi este título, fui ler o texto pois, como não lembrava mais, pensei se tratar de algo muito especial, mas me dei conta que era só uma charge e pensei... nossa!!! Hoje ela é tão normal na minha sala de aula que passou a ser considerada um meio convencional. Gênero muito apreciado pelas crianças pois trás a informação de forma satirizada e deve mesmo fazer parte do dia a dia da escola.
Registro, então, este que considero um crescimento ao mesmo tempo em que reafirmo que estratégias que leve em conta os interesses e necessidades dos alunos, devem ser aplicadas não só aos alunos da EJA, mas a todos que estudam, independente da série ou modalidade de ensino.