terça-feira, 13 de outubro de 2009

Narrativa


Ao escutar a narrativa da criança para a atividade de Linguagem, fiquei muito sem jeito ao perceber que a menina não acrescentava detalhes à sua história.
Comecei, então, a fazer interferências, levando-a a pensar e ir incrementando seu enredo com elementos diferentes.
Ao tomar a atitude de estimulá-la a falar mais, senti muita insegurança. Não sabia se era certo o que estava fazendo. Foi então que li no texto Tem um monstro no meio da história (GURGEL, 2009), uma fala da especialista Maria Virgínia dizendo que “o adulto não deve questionar se o que a criança conta é verdade ou invenção, mas embarcar na aventura e pedir mais detalhes”. Com esta leitura resolvi minha angústia e me senti apta a continuar o trabalho.

domingo, 11 de outubro de 2009

Meios não convencionais

Ao ler o texto Alfabetização de Adultos: ainda um desafio de Regina Hara, identifiquei uma colocação dela com uma vivência de sala de aula. No texto está colocado:"A curiosidade, o desejo de saber o que está escrito, mobiliza muitos conhecimentos que, às vezes, eles mesmos não sabem que têm. Um adolescente empenhado em ler um gibi pode fazer progressos de leitura rapidamente e talvez não o fizesse com outro tipo de texto". No meu caso, um aluno mostrou interesse em ler, à partir de uma charge do jornal. Recortei, então, diversas delas e levei para a sala. Primeiramente buscamos saber exatamente o que era uma charge. Depois ele escolhia uma, eu perguntava de que assunto pensava que se tatrava. Ele analisava a gravura e respondia, quando então, eu pedia que procurasse no texto da charge se encontrava esta palavra ou alguma relacionada. Também sugeria que escrevesse do seu jeito, o texto para aquelas que não o possuiam. Ele por sua vez também começou a trazer de casa, sua mãe trouxe do trabalho, criamos charges sobre assuntos que estávamos estudando e ele começou a ler. Hoje, já acompanha uma leitura coletiva, continua sozinho, enfim, ainda tem algumas dificuldades, mas foi à partir não de um texto escolar, mas sim de um quadro de humor que ele desenvolveu suas aprendizagens.
Resumindo: o interesse é importante aliado tanto para as aprendizagens infantis quanto de jovens ou de adulto.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Projeto de Aprendizagens

Muito bacana perceber como se aprende com as trocas. Estava hoje editando a réplica da análise do PA e ia ao mesmo tempo aprendendo com os comentários das colegas.
Confrontava com minhas idéias, analisava uma e outra e então formava uma opinião mais consistente ou mais consciente. Este exercício fez com que me desse conta de algumas coisas que não percebia antes, como por exemplo, sobre que as dúvidas e certezas eram conhecimentos prévios que trazíamos. Agora parece óbvio, e me pergunto: como não sabia disto antes? Até porque se não tivesse este conhecimento, não poderia estar registrando-o (dúvidas e certezas).