domingo, 20 de dezembro de 2009

Letramento

Este foi outro conceito importante estudado no semestre por todas as interdisciplinas, de uma forma ou de outra e que deixei de realizar postagem sobre.
Entendi que ele surgiu de uma demanda social. Antes a preocupação era com o analfabetismo, mas com a escrita tomando um lugar tão importante no mundo, políticas foram criadas e o analfabetismo felizmente reduziu. Não se extinguiu ainda, mas com supletivo, EJA e outros, muitas pessoas buscaram se alfabetizar. Com a evolução, foi ficando claro que ler e escrever não era suficiente, as pessoas precisavam aplicar seus conhecimentos em práticas sociais. Não raro nos deparamos com pessoas que sabem ler e escrever, mas não conseguem manipular seu celular, preencher formulários no banco, fazer transações bancárias no caixa eletrônico, para citar apenas algumas. Em contrapartida, vejo alunos que ainda não sistematizaram sua alfabetização que se viram muito bem no computador. Usam o google para pesquisar, usam a biblioteca da escola para retirar livros, calculam o troco da cantina e assim por diante. Sendo assim, entendo que o letramento se dá por toda a vida da pessoa,assim como a alfabetização que não finda na 1ª ou 2ª série. Quando algum adulto busca o significado de uma palavra no dicionário, por exemplo, está se alfabetizando e isto poderá ocorrer por toda sua vida. Penso, com isto, que o melhor caminho seja mesmo o de alfabetizar letrando como muitos professores têm feito: trazendo conteúdos da vivência, do meio em que o aluno se encontra, sem, contudo, deixar de trabalhar aqueles que a escola exige.

Avaliação

Observando meu portfólio e também minha síntese, percebi que deveria escrever algo sobre avaliação, ação tão importante do processo ensino-aprendizagem que estudamos em Didática.
A avaliação pode se constituir num momento se não dramático no mínimo angustiante da vivência pedagógica tanto para o aluno quanto para o professor. Nos moldes como era realizada há não muito tempo atrás e, a bem da verdade ainda o é em algumas práticas, causava medo, insegurança, estresse, ansiedade, fato que certamente, para alguns, contribuía para um mau resultado. Felizmente novos olhares foram lançados sobre a avaliação, estudos e discussões aconteceram, diretrizes mais condizentes foram elaboradas e hoje, é possível ver a avaliação muito mais como um instrumento valioso de acompanhamento processual e indicador de caminhos para educandos e educadores do que como uma ferramenta que serve para classificar, aprovar ou reprovar, considerando apenas os fins do processo. Se o Sistema exige uma nota, então que a transformemos baseados em todas as atividades realizadas, acompanhando a caminhada do aluno com base nele mesmo, seu desenvolvimento e evolução. Injusto é no final lançar a nota que a criança tirou numa prova ou num teste.

Workshop

Na última quinta feira, dia 17 de dezembro, ocorreu nosso wokshop de final de semestre.
Em minha opinião, este foi o melhor de todos, desde o início do curso.
Não foi apenas um momento de apresentações individuais de aprendizagens. Sim. Cada aluno fez sua exposição, mas, houve, posteriormente, trocas muito ricas. O professor Crediné e a Sibbica questionavam, nos fazendo pensar sobre o que falávamos, sobre o porque considerávamos as aprendizagens importantes, de que forma nos seriam úteis, os colegas contribuíram com comentários que enriqueceram ainda mais o momento e, à meu ver, correspondeu a educação dialógica pregada por Paulo Freire.
Difícil foi convencer a família que cheguei onze horas porque o workshop estava muito bom. hehehehe