terça-feira, 27 de abril de 2010

Tecnologias...

Outro dia fiz uma postagem sobre o uso do celular como meio de aprendizagem. Achei o fino a descoberta e tem funcionado com vários alunos. Eles me enviam mensagens, eu respondo, mas, imprimo-as e no dia seguinte, levo para a sala para análise. Brinco com eles dizendo para vermos no que vamos crescer, me referindo à correção da escrita, pontuação, concordância. Tem sido bem divertido aprender.
Bem, mas se eu achava o máximo o uso do celular, hoje fiquei mais feliz ainda com a iniciativa da aluna que trouxe o Mp5 para gravar a entrevista para o PA. Imagina que luxo... Ela vai me passar a gravação e mostrarei a ela como linká-la no nsso blog.

Famíla na Escola

Hoje recebemos em nossa sala, uma visita muito ilustre. A mãe de uma aluna que foi, gentilmente, conceder uma entrevista para o grupo do PA sobre culinária. Como ela trabalha em uma panificadora, foi convidada pelo grupo e compareceu toda bonitinha para conversar conosco.Os alunos fizeram várias perguntas e até combinaram com ela de fazerem um bolo na próxima semana. Vai ser uma festa!!! A aluna filha, estava radiante. Sorria sem parar, participava fazendo perguntas e ela é toda quietinha, trouxe sugestões excelentes que estou aproveitando e transformando em momentos de aprendizagens. Além disto, fica mais do que provado de que esta aproximação entre família e escola, eleva a auto estima do aluno que sentindo-se valorizado, se aventura sem medos na busca do conhecimento.

sábado, 24 de abril de 2010

Revisitando interdisciplinas

Nesta terceira semana de estágio, meus queridos alunos trouxeram para estudo o tema Artes. Como dizem por aí, fiquei bege, pois entendo um quase nada de artes, mas, passando o susto, encarei o desafio como uma oportunidade para eu aprender sobre o assunto. Já em casa, na hora de organizar as idéias dos alunos e fazer o planejamento da semana, recorri à disciplina de Artes, buscando suporte e encontrei. Pretendo trabalhar de acordo com a Proposta Triangular que propõe que: “se trabalhe de forma a possibilitar às crianças a vivência e a compreensão das linguagens da arte, a partir da experiência de ver arte, saber e refletir sobre ela, do seu fazer, incluindo tudo que entra em jogo no percurso criador. Uma proposta que, além de valorizar os recursos pessoais, a pesquisa de materiais e técnicas, possibilita um trabalho centrado na percepção, na imaginação e na reflexão”. Agora, precisamos estabelecer estratégias que contemplem esta perspectiva.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Interlocuções

Durante todo o curso, fomos estimuladas a fazer uso de diferentes tecnologias. Nesta semana, algo inusitado aconteceu. Minha aluna enviou-me uma mensagem por celular. Ao tentar respondê-la, não sabia como pontuar as frases, nem como inserir símbolos ou usar a letra maiúscula. Enviei a mensagem, mesmo assim. No dia seguinte, expliquei à ela porque escrevi daquele modo. Não podíamos naquele momento, mas disse à ela que queria umas aulas de celular. Numa outra oportunidade, explicou-me tudinho e, sem dúvida que à tarde, enviou-me nova mensagem solicitando resposta. Achei uma graça, pois evidentemente ela estava me avaliando naquele momento. Respondi escrevendo tudo corretamente dizendo que sabia que ela estava me testando, mas que tinha sido ótima professora e eu aprendera a lição. Relatei este fato porque percebi que a aluna escreveu muito bem no celular. Usou sinais de pontuação corretamente, frases coerentes, identificou-se diferentemente de outro colega que também comunicou-se comigo por este meio, dizendo que não estava conseguindo resolver a questão 2 da tarefa de casa. Eu não sabia quem estava enviando a mensagem, não usou pontuação, não cumprimentou inicialmente, nem despediu-se. Foi extremamente objetivo e mostrou-me que posso trabalhar várias coisas com ele. O que mais me deixou feliz, foi, em primeiro lugar, ter aprendido com a aluna e, em segundo, perceber que o celular, pode ser mais um meio de interlocução, auxiliar de aprendizagens, à modo do que se aprendeu através do texto: A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais (DALLA ZEN; TRINDADE, 2002):
“Considerando-se essa multiplicidade de interlocuções, poder-se-ia pensar em um trabalho pedagógico que atentasse para uma exploração mais dinâmica e contextualizada dos textos escritos, por exemplo”. Não podemos usar celular na escola, mas poderemos fazê-lo no período da tarde, e toda turma participando, verificando anteriormente se todos possuem celular.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Contextualização

Planejar integrando os conteúdos de todas as disciplinas não é tarefa fácil. Para elaborar o planejamento da semana sobre os Ìndios, foi um sufoco. Pouco material disponível, muita pesquisa para bem pouco resultado, enfim, hoje, ao irmos à Lan House, verifiquei algumas coisas e percebi que poderia transformar em conteúdo. Compreendi que isto é contextualizar. Aproveitarei o valor pago pela hora de internet, bem como o fato de alguns alunos usarem apenas trinta centavos num computador e desenvolverei atividades referentes. Trabalharei hora, meia hora, 1/4 de hora, sistema monetário, linkando as vivências com conteúdos obrigatórios, de modo que estas aprendizagens adquiram significado para os alunos, como sugere Arroyo (1994) no texto Organização e planejamento do ensino: globalização, interdisciplinaridade e integração curricular: "Ensina-se pelas experiências proporcionadas, pelos problemas criados, pela ação desencadeada. O processo de aprendizagem é um processo global". Assim é que agradeço a possibilidade de flexibilidade no planejamento pois o desta semana, será todo alterado.

domingo, 11 de abril de 2010

Surpresa

Ontem, ao realizar uma leitura sobre tipos de solo com os alunos, fiquei muito surpresa ao descobrir que uma aluna não conseguia ler porque o texto estava escrito em letra cursiva. Inicialmente nem acreditei, afinal, já estamos praticamente na metade do mês de abril e, como pode uma professora não perceber este problema? Mas, enfim, fui tentando com ela, palavra por palavra, letra por letra e apenas algumas letras ela identificava. Travou completamente e não saia nada. Os colegas começaram a ficar impacientes e tratei, então, de verificar com ela se na escola de onde veio não trabalhavam com este tipo de letra e ela assegurou que não trabalhavam. Fiquei preocupada com a reação dos alunos e depois busquei em casa, algo que justificasse meu temor. Encontrei assim na interdisciplina de Linguagem e Educação:"Quando a comparação é realizada, estamos a um passo de concepções deficitárias de grupos minoritários (Lemos, 1983; Erickson, 1987; Soares, 1986), concepções estas perigosas pois podem fornecer argumentos para reproduzir o preconceito, chegando até a criar duas espécies, cognitivamente distintas: os que sabem ler e escrever e os que não sabem". (Práticas de Leitura, Escrita e Oralidade no Contexto Social – Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola; KLEIMAN – 2006).
O trecho acima, mostrou-me que a aluna poderia sim, sofrer preconceito por parte dos demais colegas caso eu permitisse que levassem adiante os comentários e não os levasse a reverter a intolerância em reflexão e auxílio.
Expliquei, então aos colegas o que estava acontecendo e os convidei a ajudarmos a colega. Felizmente foram solidários e disseram que estavam dispostos a ajudar. Uma amiga combinou de ir à sua casa a tarde para "estudarem" as letras. De minha parte, tratei de tranquilizá-la a fim de que este fato não a marcasse negativamente. Falei que achava interessante o que estava acontecendo e que me ajudou a perceber o quanto podemos aprender com as situações simples e corriqueiras da sala de aula. Que ela havia sido corajosa em tentar ler e em assumir que não sabia. Disse que traria na segunda-feira um alfabeto com os diferentes tipos de letras e atividades que a auxiliassem e que ficasse sossegada que não seria obrigada a utilizar a cursiva se preferisse a script, mas que era importante que ela conseguisse lê-la. Já providenciei material mostrando o traçado correto das letras e levarei na segunda-feira. Espero sucesso para ela e para mim, diante deste novo desafio.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Insegurança

Impressionante como o novo desestabiliza. Sinto-me tão insegura quanto ao trabalho com Projeto de Aprendizagem. Pergunto-me se pode ser pelo fato de que não determino as linhas de trabalho. Acho que não... Talvez pelo fato de estar desenvolvendo outros conteúdos paralelamente... Não sei se estou agindo certo. Verdade que estou com muita saudade do Planejamento Cooperativo. Consigo ver que com o PA as crianças desenvolvem muito mais sua autonomia e é isto que eu desejo, mas estou confusa quanto à forma de conduzir algumas questões que surgem no desenrolar das pesquisas. Espero me tranquilizar ao receber orientações e me subsidiar para continuar o trabalho. E, estou pensando agora, será que se eu alterasse um pouco o PC e proporcionasse linhas diferentes de pesquisa para responder aos questionamentos, não seria possível?
Realmente não sei... Mas se o estágio é um momento de experimentar, por que não?

domingo, 4 de abril de 2010

A DIALOGICIDADE




A DIALOGICIDADE - ESSÊNCIA DA EDUCAÇÃO COMO
PRÁTICA DA LIBERDADE. Este texto aborda a importância do diálogo como prática de liberdade uma vez que parte do princípio de que todos os envolvidos na relação tenham vez e voz. No caso da escola, que alunos, professores, direção, funcionários e pais, tenham o direito de se posicionar e participar do processo ensino-aprendizagem. Abaixo, uma frase que me chamou atenção, por um fato acontecido:
“Como posso dialogar, se me fecho à contribuição dos outros, que
jamais reconheço, e até me sinto ofendido com ela?”
Nesta semana ouvi de uma professora algo que ilustra exatamente esta questão. Ela estava muito brava com seu aluno porque ele ousou sugerir que ela escrevesse num lado do quadro, o conteúdo do dia e no outro lado, o conteúdo do dia anterior, para que o colega que havia faltado, pudesse copiá-lo. Não escreverei o que ela falou para o aluno por questões óbvias, mas, penso que ela não conseguiu enxergar o espírito solidário, a coragem de participar e contribuir com alternativas para resolver problemas da sala apresentadas pelo menino. Doeu-me muito principalmente porque este aluno esteve comigo por três anos. Era extremamente tímido e com muito custo, conseguimos superar a timidez e ele encantado com isto, tornou-se um grande contribuinte de idéias e alternativas. Lembrei da reflexão que havíamos feito em Didática, sobre o texto O Menininho de Helen Buckley e associei com o pensamento de Paulo Freire exposto no texto citado acima e, tentei, então, transportar este aprendizado para minha prática. Conversei com meus alunos e combinamos que uma vez por semana, teriam um espaço para fazerem suas colocações acerca de tudo que acontece, na sala e na escola, na convivência, nas atividades de modo geral. Com isto, espero encoraja-los a opinarem, criticarem ou elogiarem com autonomia e responsabilidade. Claro que sempre deverão apresentar argumentos para justificar seus posicionamentos e, também, dentro do possível, trazer sugestões para as questões que venham a colocar.