Durante todo o curso, fomos estimuladas a fazer uso de diferentes tecnologias. Nesta semana, algo inusitado aconteceu. Minha aluna enviou-me uma mensagem por celular. Ao tentar respondê-la, não sabia como pontuar as frases, nem como inserir símbolos ou usar a letra maiúscula. Enviei a mensagem, mesmo assim. No dia seguinte, expliquei à ela porque escrevi daquele modo. Não podíamos naquele momento, mas disse à ela que queria umas aulas de celular. Numa outra oportunidade, explicou-me tudinho e, sem dúvida que à tarde, enviou-me nova mensagem solicitando resposta. Achei uma graça, pois evidentemente ela estava me avaliando naquele momento. Respondi escrevendo tudo corretamente dizendo que sabia que ela estava me testando, mas que tinha sido ótima professora e eu aprendera a lição. Relatei este fato porque percebi que a aluna escreveu muito bem no celular. Usou sinais de pontuação corretamente, frases coerentes, identificou-se diferentemente de outro colega que também comunicou-se comigo por este meio, dizendo que não estava conseguindo resolver a questão 2 da tarefa de casa. Eu não sabia quem estava enviando a mensagem, não usou pontuação, não cumprimentou inicialmente, nem despediu-se. Foi extremamente objetivo e mostrou-me que posso trabalhar várias coisas com ele. O que mais me deixou feliz, foi, em primeiro lugar, ter aprendido com a aluna e, em segundo, perceber que o celular, pode ser mais um meio de interlocução, auxiliar de aprendizagens, à modo do que se aprendeu através do texto: A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais (DALLA ZEN; TRINDADE, 2002):
“Considerando-se essa multiplicidade de interlocuções, poder-se-ia pensar em um trabalho pedagógico que atentasse para uma exploração mais dinâmica e contextualizada dos textos escritos, por exemplo”. Não podemos usar celular na escola, mas poderemos fazê-lo no período da tarde, e toda turma participando, verificando anteriormente se todos possuem celular.
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Um comentário:
Oi Rosângela!! Muito legal o movimento em torno da escrita e do celular, quem sabe podemos pensar nesse instrumento como algo pedagógico, mesmo que fora da escola? Abraços!!
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