Maria Isabel Dalla Zen e Iole Faviero Trindade, escreveram no texto Leitura, escrita e Oralidade como Artefatos Culturais, o seguinte: “Não falamos sem¬pre da mesma forma, não escrevemos adotando sempre o mesmo estilo. As condições de produção do discurso - o contexto de uso da linguagem, o lugar do qual falamos, o interlocutor - interferem na seleção do conteúdo (o que dizer) e das estratégias do dizer (como dizer)”.
Recentemente comprovamos isto em nossa prática na sala de aula, por ocasião da escrita de um e-mail encaminhado à Prefeitura de Campo Bom, solicitando algumas informações sobre locais de cultura e lazer da cidade.
Montamos o texto coletivamente. Os alunos iam ditando e eu anotando no quadro. Enquanto iam criando, ao mesmo tempo analisavam a escrita, pediam para apagar palavras, substituir por outras que julgavam mais adequada para o contexto. Um aluno disse: - “Profe, precisamos caprichar”. Como não disse por que, indaguei e ele respondeu: - “Porque vai para um lugar importante”. Então, percebi que ele já se dá conta das variações que a escrita pode ter, neste caso, especificamente, mostrando que precisavámos fazê-lo de maneira mais formal considerando a quem se destinava. Chamei a atenção dos demais alunos perguntando se concordavam com a observação de Lucas e disseram que sim. Inventei na hora, algumas situações para que dissessem como poderíamos escrever e foi bem divertido, mas eles mostraram compreender o que falávamos.
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Um comentário:
Que jóia Rosângela!! O exercício de escrita coletiva sempre nos possibilita a construção de aprendizagens que vão além da própria escrita. Abração
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