domingo, 31 de outubro de 2010

QUESTÕES SIMPLES

Relendo Tardif no texto O trabalho docente, a pedagogia e o ensino: “O perigo que ameaça a pesquisa pedagógica e, de maneira mais ampla, toda a pesquisa na área de educação, é o da abstração: essas pesquisas se baseiam com demasiada freqüência em abstrações, sem levar em consideração coisas tão simples, mas tão fundamentais, quanto o tempo de trabalho, o número de alunos, a matéria a ser dada e sua natureza, os recursos disponíveis, os condicionantes presentes, as relações com os pares e professores especialistas, os saberes dos agentes, o controle da administração escolar, etc”;tento encontrar avanços nestas questões dois anos após abordarmos este assunto na interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade no Eixo 5, e, bem triste constato que justamente estas discussões que realmente dizem respeito aos professores, continuam, eu não diria ignoradas, mas bem lentamente sendo tratadas. Uma das conquistas refere-se ao tempo de trabalho que oportuniza ao professor, duas horas semanais para planejamento. Continuo torcendo para que o número mínimo de alunos em sala de aula, principalmente dos menores, seja, também, reduzido e para que outras questões de igual relevância sejam pensadas.

RESOLUÇÃO

A Resolução CNE/CEB n.º 2, de 7 de abril de 1998 - Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e, através de seu estudo na interdisciplina Organização e Gestão da Educação cursada no 5º semestre, pude compreender o que o Estado está pretendendo com o Lições do Rio grande adequando-se, cumprindo o que reza a Resolução e, ao mesmo tempo sanar um grande problema vivido pelas escolas quando um aluno transfere-se para escolas de outras localidades e até mesmo na própria cidade pois, não há consonância entre as grades curriculares e isto trás grandes transtornos tanto para os professores quanto para os alunos. Certamente uma transferência não será tão dramática para ambos se for cumprido o que está posto:
"IV - Em todas as escolas deverá ser garantida a igualdade de acesso para alunos a uma base nacional comum, de maneira a legitimar a unidade e a qualidade da ação pedagógica na diversidade nacional. A base comum nacional e sua parte diversificada deverão integrar-se em torno do paradigma curricular, que vise a estabelecer a relação entre a educação fundamental e:
a) a vida cidadã através da articulação entre vários dos seus aspectos como:
1. a saúde
2. a sexualidade
3. a vida familiar e social
4. o meio ambiente
5. o trabalho
6. a ciência e a tecnologia
7. a cultura
8. as linguagens
b) as áreas de conhecimento:
1. língua portuguesa
2. língua materna, para populações indígenas e migrantes
3. matemática
4. ciências
5. geografia
6. história
7. língua estrangeira
8. educação artística
9. educação física
10. educação religiosa, na forma do art. 33 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Fico pensando em como a informação, o estudo, o conhecimento vão nos habilitando a estabelecer relações entre os fatos e também sobre como é necessária a formação continuada para todos, mas, principalmente para o professor.

Conhecimentos Úteis



No preparo da reunião pedagógica desta semana, além de estratégias de leitura, abordamos a produção textual e, como subsídios, recorri a interdisciplina de Literatura mais especificamente sobre elementos da narrativa, onde, em power point encontra-se: "A Narrativa. Para que exista a história é necessário haver quem conta e o que contar.
Quem conta a história é o narrador e a narrativa apresenta:
Uma seqüência de fatos relacionados entre si (o enredo);
b) Personagens (que vivenciam os fatos);
c) O lugar onde os fatos ocorrem (espaço ou ambiente) (elemento opcional).
Além das características de uma narrativa, outros aspectos imprescindíveis em um texto foram tratadas neste power poin, como: enredo e suas etapas, foco narrativo, espaço e tempo.Também, os estudos ajudaram a desconstruir a ideia de que só se podia ler histórias se tivesse uma moral ou para fazer interpretação ou fichas de leitura. Mostrou que podemos sim ler por lazer, por prazer.
O momento de contação de histórias por grupos foi bem rico e ideias muito criativas surgiram ficando gravados como sugestão para uso' em sala de aula bem como engendrando novas possibilidades de recursos, de técnicas e até mesmo do uso dos sentidos, onde surpreendentemente o paladar teve lugar na hora da contação.
Esta interdisciplina foi ministrada no Eixo I no segundo semestre de 2007 e, desde então, valho-me seguidamente das aprendizagens realizadas para fins diversos.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Jogos e brincadeiras




Em Ludicidade aprendemos sobre a importância do jogo tanto para o simples prazer como também como estratégia de ensino.
Em um powerpoint disponibilizado pela interdisciplina encontrei o segue: "Sem dúvida a intervenção pedagógica quando trabalhada na perspectiva dos jogos, é auxiliada por uma importante ferramenta de elaboração dramática que reúne corpo, organismo, inteligência e desejo. É neste campo que poderemos perceber conflitos, ansiedades, defesas, medos e baixa tolerância à frustração."
Trago esta colocação neste momento porque ontem realizei uma reunião pedagógica sobre avaliação externa e, após analisarmos os resultados, propus refletirmos sobre nossas práticas. Trouxe para apresentar, estudos de Isabel Solé sobre Estratégias de Leitura.
Como vimos que para o aluno se tornar um leitor competente, precisa ver o professor fazendo uma compreensão textual, resolvemos aplicar as atividades para antes, durante e depois da leitura para como eles, aprender como se faz. A fim de que não ficasse tão cansativo, intercalei com jogos e brincadeiras. Estávamos num grupo com trinta e uma pessoas, todas adultas e, ainda nesta faixa etária foi possível verificar exatamente o que está posto no slide sobre a percepção das ansiedades, dos mecanismos de defesa, como vimos em Psicologia, do medo de errar e da dificuldade de lidar com a frustração. Foi positivo porque discutimos sobre isto e, certamente alguns professores menos tolerantes, irão lembrar deste fato quando seus alunos apresentarem a mesma conduta e, quem sabe, agirão conforme concluimos que se deve agir frente a estas atitudes. Enfim, tivemos momentos bem descontraidos como tivemos em Ludicidade, que alegraram e agradaram se não à todos, pelo menos a grande maioria. Ganho para nós, ganho para os alunos.

domingo, 24 de outubro de 2010




Não sei se é por causa da era da automação que a gente vai fazendo as coisas sem se dar conta. Não se toma por hábito a reflexão sobre as ações. Um dos momentos em que me dei conta disto, foi durante o curso da interdisciplina de Música, onde lemos e discutimos sobre a influência das mídias em nossa vida, ou seja, o rádio toca, o discotecário compra o disco e nós vamos aceitando tudo isto sem pensar se realmente é disto que se gosta ou quer ouvir; se a letra da música é boa, se me diz alguma coisa, etc... Através da entrevista a um local de venda de discos, foi possível perceber como eles dispõem para venda apenas o que querem ou o que toca nas estações de rádio. Não têm critérios de escolha. E nós vamos aceitando, comprando, cantando sem consciência.
Sobre isto, desde então, venho ajudando os alunos e outras pessoas, quando tenho oportunidade, a pensarem sobre esta conduta e tomarem decisões por si mesmas.
Também nesta interdisciplina, fizemos, as crianças e eu, um dos projetos que mais gostamos, sobre Pixinguinha. Foi uma oportunidade de conhecermos sobre a vida desta importante pessoa e ver a sua contribuição para a música.

domingo, 17 de outubro de 2010

Novas aprendizagens

Aprender é muito bom. E que bom que tenho esta consciência de que jamais saberei tudo. Isto me torna eterna aprendiz e que bom que tive a oportunidade deste curso pois, através dele, pude me instrumentalizar e ampliar as possibilidades de aprendizagens aos alunos ao mesmo tempo em que construí importantes conhecimentos. Necessários e imprescindíveis para um professor. Com aprendizagens como o improviso no teatro, tirei, esta foi a sensação, um fardo pesado de minhas costas uma vez que tinha uma preocupação grande quando planejava uma dramatização ou teatro com as crianças. Queria que todos fizessem tudo como EU havia planejado, não por pensar que era dona da verdade, mas porque achava que era o melhor para os alunos se desenvolverem nesta área. Neste sentido é que compreendendo que o improviso é adequado e possível, esta atividade ganhou mais leveza e originalidade. Quanto à TICs, mais precisamente no que se refere à análise de softwer, nem imaginava que haviam tantos aspectos a serem observados. Evidentemente tomava cuidado com o conteúdo e com a adequação à faixa etária, porém, não aprofundava a análise observando a possibilidade de interatividade,autoria, feedback facilitando as aprendizagens. Hoje, não analiso apenas os que ofereço aos alunos, mas também auxilio na escolha e estimulo o uso para a escola toda.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Aspectos Administrativos

- Revendo a Interdisciplina de EPPC, notei que hoje sou uma profissional mais completa, pois, antes, não me envolvia nas questões administrativas da escola. Não achava isto ruim. Pensava que o importante era apenas a parte pedagógica como se uma coisa não tivesse nada a ver com a outra e como se ambos não fossem pedagógicos e administrativo ao mesmo tempo.

Com as reflexões e conhecimentos adquiridos nesta interdisciplina, não só aprendi o que é um PPP como para que se destina. E, o mais importante foi a motivação que gerou em mim, levando-me a sugerir uma revisão e estudo do que existia na escola juntamente com aquipe diretiva e colegas. Ideia esta que foi aceita e hoje, temos um feito por nós, para as nossas reais necessidades de acordo com nossa realidade.

Regimento Escolar, eu sabia que existia, porém, nunca o havia examinado, quanto mais elaborado um. Aprendendo que ele se origina do PPP, foi consequencia da elaboração daquele, a automática revisão e alterações do que existia até então. Além do mais, quando a gente consolida uma aprendizagem, ela já engendra outras necessidades, a gente fica mais crítica, não aceita as coisas como estão, tem desejo de mudar e entra num processo que não tem fim. Exaustivo em grande parte das vezes, porém, trás uma satisfação pessoal muito grande, uma vez que ao perceber o produto do teu trabalho tornando as pessoas do teu grupo mais felizes pelo que vem de encontro aos seus interesses, bem como da importância que passam a te dar pelo envolvimento e empenho em buscar a mudança e consequente melhoria do processo ensino aprendizagem e de outros aspectos. Trás satisfação, principalmente porque assim, consegue-se o que prega Charlot: "a problemática da relação com o saber estabelece uma dialética entre sentido e eficácia da aprendizagem. O que é aprendido só pode ser apropriado pelo sujeito se despertar nele certos ecos: se fizer sentido para ele". E, que ecos seriam possíveis, com um currículo estabelecido para não dizer copiado de uma outra escola? Neste sentido, posso dizer que EPPC despertou ecos em mim, importantíssimos dando-me condições para agir.

domingo, 3 de outubro de 2010

Teia de Conhecimento




Revisando minhas atividades iniciais do curso, encontrei a solicitação para produzirmos uma teia de conhecimentos que consistia em desenvolver diariamente textos sobre tópicos selecionados por nós postando-os no blog particular. Estas seriam comentadas por colegas e, o autor, reelaboraria melhor suas ideias baseado nestes comentários. Podíamos, ainda, fazer a réplica dos mesmos sempre que julgássemos necessário.
Reporto-me a esta tarefa porque vem de encontro a minha pesquisa do TCC que investiga a relação entre as práticas pedagógicas e a produção de textos criativos. Percebi que estas aprendizagens, influenciaram na minha prática e, por diversas vezes, apliquei esta dinâmica durante meu estágio. Com ela, adquiri dados para fundamentar minha pesquisa. Entendo que esta seja a principal função de um curso: levar o aluno a dar utilidade aos conhecimentos adquiridos, contextualizando os saberes.